Embora muitos encarem essas crenças como superstição, a associação entre certas datas e energias negativas atravessa gerações e regiões.
A sexta-feira 13 é, sem dúvida, a mais famosa. A sua má fama deriva da junção de dois elementos considerados negativos: o número 13 e o dia da semana sexta-feira. Na tradição cristã, o número 13 remete à Última Ceia, onde Judas, o traidor de Jesus, ocupava a 13ª posição na mesa. A crucificação de Cristo, que teria ocorrido numa sexta-feira, reforçou a crença de que essa combinação traria má sorte.
Outra data cercada de simbolismo é o Dia de Finados, celebrado em 2 de novembro. Nesse dia, muitas pessoas sentem desconforto em comemorar aniversários, já que a data está associada ao luto e à lembrança dos mortos. Em países como o México, porém, o “Día de los Muertos” é celebrado com festas e homenagens coloridas, oferecendo uma perspetiva diferente da morte.
Superstições relacionadas a datas também estão presentes noutras culturas.
No Japão, o número 4 é evitado por ter uma pronúncia semelhante à palavra “morte”.
Já em Itália, o número 17 é visto com desconfiança, pois a sua escrita em algarismos romanos (XVII) pode ser rearranjada para formar a palavra “VIXI”, que significa “vivi”, associada ao fim da vida.
Essas crenças demonstram como o medo do azar é global, variando de acordo com a cultura e os símbolos associados a determinadas datas.