Nascido em Riachos, Miguel Cunha é um dos nomes grandes do clube, o único que representou em 25 anos de carreira, dos 7, aos 32 anos, muitas épocas como capitão de equipa, cargo que exerceu na equipa principal durante cerca de uma década. Defesa esquerdo que fazia da raça a sua principal característica, recusou várias abordagens de outros clubes, sempre por fidelidade ao seu Riachense, refere a Rede Regional.
«A sua capacidade de liderança era visível nos jogos e incontestada pelos colegas. Uma grave lesão ajudou a um final de carreira precoce como futebolista, em 2008, aos 32 anos, mas, desde logo, se disponibilizou para ajudar o clube noutras funções. Começou como diretor desportivo (conquistou dois campeonatos distritais, duas Taças do Ribatejo e uma Supertaça) e, pouco depois, chegaria a presidente», é dito.
Apesar da doença se ter agravado nas últimas semanas, a morte de Miguel Cunha está a provocar uma enorme onde de consternação, com dezenas de publicações a lamentarem a sua partida.
Joaquim Martinho, atual presidente da Associação de Futebol de Santarém e ex-presidente do Riachense, escreveu que “hoje é um dia muito triste para todos os que partilharam a vida com Miguel Cunha”.
“Eu, como todos sabem, fui presidente do Miguel no Riachense e sempre tivemos uma relação muito próxima. Ainda no dia 7 de março, o Miguel Cunha esteve na tomada de posse da nova direção da Associação para expressar todo o apoio nesta etapa”, acrescenta o dirigente, elogiando o facto de Miguel Cunha continuar “a lutar com uma força impressionante de querer continuar junto de nós”.