Segundo o especialista, o nosso corpo segue um ritmo circadiano de 24 horas, uma espécie de “relógio biológico interno” que regula funções vitais como o sono, o apetite, a produção de glicose, a sensibilidade à insulina e a resposta ao stress.
“O cortisol, conhecido como a hormona do stress, atinge o seu pico entre as 8h e as 9h da manhã. Depois disso, começa naturalmente a diminuir ao longo do dia”, explica Rosero.
“Se adiamos o pequeno-almoço para depois das 9h, podemos estar a prolongar esse pico de cortisol de forma artificial, o que pode afetar negativamente o metabolismo e o bem-estar geral.”
Este reforço matinal do cortisol, quando ocorre dentro do horário natural do corpo, é benéfico — ajuda-nos a acordar, a mobilizar energia e a preparar-nos para enfrentar o dia. Mas desalinhar o horário das refeições pode levar o organismo a interpretar sinais errados, prejudicando o equilíbrio hormonal e até contribuindo para o aumento de peso.
Além disso, Rosero vai mais longe ao sugerir que certos alimentos também devem ser evitados em momentos específicos:
“Nunca coma fruta ao pequeno-almoço ou ao jantar. É como atirar gasolina para a fogueira”, afirmou, referindo-se ao impacto do açúcar natural das frutas nos níveis de glicose e na resposta hormonal, dependendo do momento do dia.
A crononutrição, que chegou a ser desvalorizada no passado, tem-se revelado fundamental para a saúde metabólica, especialmente com o avanço da idade. Adaptar os horários das refeições ao nosso ritmo natural pode ser uma forma simples e eficaz de melhorar a qualidade de vida — sem grandes dietas nem restrições extremas.