O espetáculo do Leirena Teatro, que decorre em cima de três camiões militares e que tem estreia agendada para o dia 24 de abril em Porto de Mós e repetição no dia 30 no RA4, compreende um conjunto de ações a decorrer no dia 02 de março no interior do quartel de Leiria.
“Vai ser uma revolução cultural a acontecer dentro do próprio regimento”, disse o diretor do Leirena, Frédéric da Cruz Pires, que explicou à agência Lusa esta nova aposta da companhia.
A cada estreia, a companhia quer lançar um programa paralelo, para “promoção ativa do espetáculo, convidando as pessoas a conhecerem mais sobre determinada obra ou o tema que se está a desenvolver”.
No RA4, as portas abrem na manhã de sábado ao público para sessões de mediação teatral destinadas a crianças e famílias.
“Com a parceria do Museu Escolar dos Marrazes e da Casa-Museu João Soares, vamos montar uma sala de aulas à antiga e vai haver uma mediação teatral com os participantes”.
Depois, a partir de cópias de cartazes da Casa-Museu João Soares e com orientação dos artistas plásticos Maria Leonor Cabrita e o Hirondino Pedro Duarte, “as crianças podem também fazer o seu próprio cartaz: revolucionário, de apoio político, o que for”.
À tarde, Joaquim Furtado modera a conversa “25 de Abril hoje: uma obra inacabada”, entre os investigadores António Pernas e Maria Manuel Batista sobre comportamento e atitudes, na relação entre o homem e a mulher e questões de género, que “têm vindo a repetir-se ou a manter-se mesmo após o 25 de Abril”.
O projeto paralelo de “Ondas da Liberdade” termina com o concerto “Tons de Abril”, pelos Índios da Meia Praia no bar do quartel, num tributo a Zeca Afonso e outros amigos da luta, contou Frédéric da Cruz Pires.
A entrada é livre, mas implica inscrição prévia pelo endereço eletrónico geral@leirenateatro.pt ou pelo telemóvel 916 099 432.
MLE // SSS
Lusa/fim