Não são um projeto pessoal, tão pouco são ideia das duas pessoas – eu e a Sandra – que o materializam e colocam em prática com amor. São muito mais que isso.
Rapidamente percebi que iria precisar de uma parceira para este projecto, alguém mais mental que eu, mas disposta a fluir nas mesmas energias e viver as mesmas experiências.
Alguém que me entendesse e que desse a sua opinião sincera e preparasse a parte do trabalho que vai abrir o caminho e permitir que, aqueles do outro lado que tenho a honra de ter como irmãos, mestres e cuidadores, possam banhar com o seu amor todos os que em nós confiam.
Na altura achava que já havia no mercado tantos retiros realizados por pessoas tão diferentes e muitos deles com um marketing tão apelativo e cativante que, logo de início pensei em desistir. Mas não.
“Aquela voz interior a quem chamo Pai, com a sua força, confiança e poder amoroso, disse-me que a ideia dos retiros era para ser colocada em prática pois não era uma ideia minha, era uma ideia que eu havia recebido do outro lado, para eles poderem trabalhar.”
Alguns dos retiros que via tinham uma apresentação e um conteúdo rico, mas, mesmo assim percebi que havia espaço para mais um. Percebi que os retiros de Reconexão Divina eram diferentes de todos os outros. Não eram melhores, não eram piores, eram diferentes. Cada um com o seu propósito, a sua missão.
Para começar percebi que a diferença começava logo no número de participantes. Não poderiam ser muitos pois, o trabalho energético merece todo o cuidado, carinho e atenção.
Para além disso, pessoalmente, tenho o meu limite e, para cumprir a missão verdadeiramente, preciso sentir as energias a fluírem harmonicamente em cada um dos participantes, em mim, na Sandra e no próprio espaço físico onde se realiza.
Percebi também que, apesar do retiro ser realizado com um grupo de pessoas, havia um trabalho individual em movimento pois, somos todos diferentes e todos temos as nossas necessidades próprias pois, para além disso, estamos em estados evolutivos diferentes.
Cada um de nós precisa de ajustes que não são iguais para todos, de equilibrar partes diferentes do seu ser, de viver experiências diferentes.
Uns precisam de sentir, outros de se emocionar, outros de se recalibrar, outros ainda de apenas guardar algo para mais tarde.
Percebi ainda que é uma bênção ser terapeuta e ter a plena consciência do que isso implica, trabalhar para o Todo, sabendo que somos um instrumento para a Mestria se poder manifestar nesta fisicalidade.
Ser terapeuta não é curar, não é fazer milagres. Milagres e curas faz cada pessoa a ela própria mediante a sua crença e o poder Divino que possui e que naquele momento está ligado com o Mestre Físico que é Deus.
Ser terapeuta é ter o dom de saber materializar a energia que é enviada pelos Mestres e colocá-la à disposição.
O terapeuta apenas é o facilitador, é uma espécie de filtro que permite que Aquilo que cura possa penetrar nesta fisicalidade e servir o seu propósito.
Então, mas o terapeuta não é importante no processo de cura, libertação, transformação de quem o procura? – Claro que sim, mas não é mais importante que o acreditar, a confiança e a alegria manifestados pelo próprio durante o processo.
“Também não se sobrepõe à força Criadora da qual todos fazemos parte. Cada um na sua função, somos todos importantes.”
Percebi que iria haver uma estrutura para cada retiro que estes teriam cada um o seu tema que seria como um nível.
Cada retiro cada passo em frente no caminho da descoberta, da autodescoberta e do adquirir de conhecimento que também é expansão da consciência.
Percebi que, apesar de o retiro ter vários níveis, cada um com o seu nome – 1. Despertar do Ser, 2. A Jornada, 3. Livre Arbítrio e seguintes – cada pessoa, mesmo que o seu primeiro seja, por exemplo, A Jornada, apenas acesa a informação do nível em que a sua mente se encontra.
“No próximo retiro de Reconexão Divina – Livre Arbítrio – vamos trabalhar o entendimento da dualidade, da opção de escolha, do poder que tem essa opção e das suas consequências, entre outras coisas.”
Vamos trabalhar também o poder pessoal, entendê-lo e resgatá-lo, pois, isso vai permitir sairmos do ciclo vicioso da vitimização.
Vamos também perceber o livre arbítrio como uma etapa para o entendimento do caminho espiritual.
A meditação vai estar sempre presente, guiada, dinâmica em comunhão coma natureza ou pura, apenas “sozinhos” connosco.
O trabalho energético vai ser uma constante. Em cada momento a Família, do outro lado vai sempre estar ali para doar aquilo que, cada um, mais precisa naquele momento. Não aquilo que cada um quer, aquilo que cada um precisa.
