O Doutor Finanças, empresa especializada em finanças pessoais e familiares, explica de que forma é possível reduzir encargos com o crédito automóvel, se compensa ou não amortizar e qual o impacto da subida de juros neste tipo de financiamento.
“Numa altura em que o poder de compra das famílias está mais condicionado, por via do aumento de juros e da inflação, todos os custos assumem uma relevância maior. Só no último ano foram celebrados cerca de 200 mil contratos de crédito automóvel, sendo muito importante percebermos qual o impacto que a subida de juros tem neste tipo de empréstimos e quais as soluções para reduzirmos estes encargos. E há várias”, salienta Rui Costa, Chief Operations Officer (COO) do Doutor Finanças.
Nesse sentido, o especialista partilha algumas soluções para reduzir os encargos com um crédito automóvel e ganhar alguma folga financeira.
Uma das primeiras coisas a fazer é tentar negociar as condições do contrato. O contrato de crédito automóvel está associado ao valor da garantia e, dependendo do valor da dívida face ao valor do veículo, pode ser possível aceder a condições mais vantajosas. Além de poder avaliar se é possível estender o prazo do contrato, por exemplo.
E, se o seu crédito estiver associado a uma taxa variável, pode também tentar negociar com a instituição de crédito a alteração da modalidade de juros. Com uma taxa fixa, o valor da prestação fica inalterável até ao final do contrato. Esta é uma forma de contornar o crescente impacto que a subida dos juros pode ter no crédito automóvel.
Por fim, na eventualidade de ter um seguro associado ao crédito automóvel, outra solução pode ser tentar renegociar o valor dessa apólice. Por vezes, é possível obter uma poupança mais elevada através da redução do valor de produtos associados ao contrato, como é o caso dos seguros.
Além de poder negociar as condições do contrato, há outras formas de reduzir o encargo com este empréstimo. Entre elas está a amortização do crédito automóvel, em que paga a totalidade ou parte da dívida e reduz, de forma imediata e em termos totais, os encargos com este empréstimo.
Quando temos vários empréstimos, devemos ainda ponderar consolidar os créditos, passando a ter apenas uma prestação e uma taxa de juro única. Quando temos crédito habitação, além do crédito automóvel, podemos ainda avaliar a possibilidade de constituir um crédito multiopções, que permite fazer uma segunda hipoteca sobre o imóvel.
Seja qual for a situação, é possível reduzir os encargos que temos com créditos. A negociação das condições é determinante, sendo importante sabermos o que comparar quando estamos perante novas propostas. A TAEG e o MTIC são dois elementos de consulta obrigatória. Estas duas rubricas permitem que cada um de nós compare propostas de crédito e tenha real noção de quanto vai custar um empréstimo.