Em relação às residências de apoio máximo (RAMa), a demora média do internamento nos três anos em análise — 2020, 2021 e 2023 — foi sempre superior aos 365 dias.
“Não obstante, e apesar de ter havido uma diminuição do tempo de internamento, de 2021 face a 2020, em 2022 o número de dias aumentou 130,6%, o que corresponde a mais 911 dias de internamento, em média, do que em 2021”, lê-se.
Por sua vez, nas residências de apoio moderado (RAMo) verifica-se que a duração média de internamento apresentou, face a 2021, uma diminuição de 59,5%, ou seja, de 632 dias.
As residências de treino de autonomia (RTA) foram a única tipologia a apresentar, em 2022, uma demora média próxima dos 12 meses previstos.
Nas respostas em ambulatório (USO) de adultos e infância e adolescência, observou-se uma tendência de aumento da duração do acompanhamento, comparativamente ao ano anterior.
As equipas de apoio domiciliário (EAD), apesar de também ultrapassarem os 12 meses de duração média de acompanhamento prevista, revelaram uma ligeira diminuição do tempo, em comparação com o ano de 2021.
Da análise à cobertura geográfica conclui-se que na tipologia com maior acesso potencial (RAMa), 30,8% da população residente em Portugal continental não dispõe de acesso a um ponto da rede com internamento a menos de 60 minutos de viagem.
Por outro lado, 74,9% da população não tem acesso em 30 minutos a uma residência autónoma de saúde mental (RA), nem a uma residência de treino de autonomia (RTA), 73,9%, a uma residência de apoio moderado (RAMo) e 58,8% a uma RAMa.
A duração média de internamento/ acompanhamento em todas as tipologias de CCISM, exceto RTA de adultos, é significativamente superior aos 12 meses que constam como tempo previsto para cada tipologia.
A ERS ainda indica que em 2022, a rede de CCISM manteve o mesmo número de respostas de adultos (457) registado em 2021, em unidades de internamento, ambulatório e domicílio, assinalando uma tendência de estagnação.
Segundo dados da monitorização da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) hoje divulgados, também se verificou uma tendência semelhante quanto ao número de respostas da infância e adolescência, mas com uma redução de 45 para 37 lugares.
No final de 2022, aguardavam vaga para os CCISM da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) 73 utentes, mais 12 do que em 2020 e mais dois do que em 2021.
As unidades de internamento de cuidados de saúde mental da infância e adolescência apresentaram uma tendência de aumento na demora média de internamento (59,9%).
Lusa