A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação voltou a subir em junho, para 3,649%, o valor mais elevado desde abril de 2009 e 25,1 pontos base acima da de maio, divulgou hoje o INE, avança a Lusa.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 25,0 pontos base, de 3,882% em maio para 4,132% em junho, atingindo o valor mais elevado desde maio de 2012.
Para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 3,631% (+24,8 pontos base face a maio). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 25,2 pontos base face ao mês anterior, fixando-se em 4,123%.
Considerando a totalidade dos contratos, em junho, o valor médio da prestação mensal fixou-se em 361 euros, mais nove euros do que em maio e mais 100 euros do que em junho de 2022 (aumento de 38,3%).
Deste valor, 192 euros (53%) correspondem a pagamento de juros e 169 euros (47%) a capital amortizado – em junho de 2022, a componente de juros representava apenas 16% do valor médio da prestação (261 euros).
Junho foi o segundo mês consecutivo em que os juros representaram mais de metade da prestação.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 18 euros em junho face ao mês anterior, para 609 euros, o que representa um aumento de 48,9% face ao mesmo mês do ano anterior.
Em junho, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 127 euros face ao mês anterior, fixando-se em 63.296 euros.
Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 122.570 euros, menos 1.495 euros do que em maio.