Durante muito tempo, o azeite foi símbolo quase exclusivo da dieta mediterrânica – com destaque para países como Grécia, Itália, Portugal e Espanha.
No entanto, o panorama está a mudar. O Brasil, tradicionalmente consumidor, começa agora a destacar-se como produtor de azeite extravirgem de elevada qualidade.
E a prova mais recente disso veio com a edição de 2025 dos prestigiados Evooleum Awards, uma das mais importantes competições internacionais dedicadas ao azeite.
O grande destaque deste ano foi o azeite Mantikir Summit Premium, produzido em Minas Gerais pela Vinícola Essenza. Este azeite brasileiro entrou para a seleção dos 100 melhores azeites extravirgens do mundo, sendo o único representante das Américas nesta lista de 2025.
Este feito coloca o Brasil no mapa da olivicultura mundial e mostra que já não se trata apenas de um país emergente na produção de azeite – é, sim, uma nova referência de qualidade. Num sector tradicionalmente dominado por nações europeias com séculos de história, como Portugal, este reconhecimento internacional é mais do que simbólico: é sinal de que algo verdadeiramente novo e promissor está a surgir no outro lado do Atlântico.
Para quem acompanha o cenário do azeite de qualidade, o nome Sabiá já é familiar. Este azeite brasileiro ganhou projeção internacional nos últimos anos, com destaque nas edições de 2023 e 2024 dos Evooleum Awards, onde chegou a figurar entre os 10 melhores do mundo. Foi eleito o melhor blend e o melhor azeite do Brasil.
Produzido a partir das variedades arbequina, arbosana, coratina e koroneiki, o Sabiá é cultivado em duas regiões com clima e altitude favoráveis: a Serra da Mantiqueira, em São Paulo, e a Serra do Sudeste, no Rio Grande do Sul.
Embora em 2025 não tenha alcançado o mesmo destaque na Evooleum, o azeite Sabiá continua a brilhar noutras competições internacionais, como o Athena IOOC (Grécia), o Anatolian IOOC (Turquia) e o Ovibeja (Portugal). A qualidade mantém-se, apenas muda o palco onde é aplaudido.