As guerras são inevitavelmente acompanhadas de uma enorme destruição e de um caos instalado que têm devastadoras consequências socias e económicas. Para além das terríveis perdas humanas, os combates armados acabam por assegurar a destruição de cidades, monumentos e artefactos.
A Segunda Guerra Mundial tornou-se um exemplo claro desta situação. Um pouco por toda a Europa, foram destruídas ou roubadas inúmeras peças de arte, objetos raros e outros tipos de tesouros. Os Nazis, em particular, ficaram conhecidos por criarem um sistema de pilhagem que “confiscou” inúmeras peças de museus, casas particulares e palácios.
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No meio da confusão provocada pela guerra muitas destas peças acabaram por se perder. Mesmo após o terminar dos conflitos não foi possível recuperar todos estes tesouros. O paradeiro de algumas destas peças mais raras continua a ser um mistério.
Eis alguns dos exemplos mais famosos, listados pelo portal History.
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O Ouro de Yamashita
Yamashita Tomoyuki foi um conhecido general de guerra japonês que combateu no território das Filipinas entre 1944 e 1945. De acordo com as lendas, o imperador Hirohito ordenou que Tomoyuki escondesse ouro e tesouros nos túneis das Filipinas e implementasse uma série de armadilhas para proteger estes bens. A ideia seria mais tarde utilizar estes tesouros para “pagar” a reconstrução do Japão.
Desde o final da Guerra que muitos têm procurado perceber onde se encontra todo esse ouro. Até então têm existido alguns relatos de pessoas que afirmam ter encontrado algumas destas peças nas Filipinas, sendo que até aos dias de hoje existem exploradores em busca do resto.
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Sala Âmbar
Desenhada no início do séc. XIII, a Sala Âmbar era um conjunto de ornamentos utilizados para decorar uma determinada divisão do Palácio Real Russo. Estas decorações – que incluíam peças preciosas, âmbar fossilizado e ouro – teriam sido oferecidas pelo rei da Prússia Frederico I em 1716 ao imperador russo Pedro, o Grande, para comemorar a aliança entre as duas nações.
Quando em 1941 os Nazis invadiram a União Soviética esta Sala Âmbar encontrava-se instalada numa divisão do Palácio de Catarina na cidade de Pushkin. Rapidamente as tropas alemãs procuraram desmontar todos os ornamentos e enviar os mesmo de volta para a Alemanha, mais especificamente para um castelo em Königsberg. Esta cidade acabaria por ser bombardeada pelos Aliados em 1944, destruindo tanto o castelo como os ornamentos da Sala Âmbar. No entanto este acontecimento não impediu que muito continuassem em busca de algumas peças perdidas.
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Ouro de Rommel
Um dos tipos de tesouros que tem sempre mais mitos associados é certamente o ouro roubado pelos Nazis. Em 1943 durante a ocupação da Tunísia afirma-se que alegadamente os alemães roubaram uma quantidade enorme de ouro aos judeus da ilha de Djerba. Este tesouro foi enviado para a Alemanha, no entanto o navio que o transportava afundou pelo caminho. Ficou conhecido como “Ouro de Rommel” pois era este o nome do comandante das operações Nazi no Norte de África. Ao longo dos anos muitos têm sido os exploradores que continuam a procurar este tesouro no fundo do mar.
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Quadro “Retrato de um Jovem”, de Raffaello
É certo que os nazis roubaram milhares de quadro ao longo da guerra. Um dos mais famosos e historicamente importantes foi sem dúvida o “Retrato de um Jovem”, pintado por Raffaello, conhecido artista italiano do Renascimento.
O quadro foi roubado de um museu polaco em 1939 e durante os anos seguintes viajou por diversas partes da Europa, tendo acabado por ficar num castelo em Cracóvia, onde vivia o general Nazi Hans Frank que governava a região polaca. No entanto quando as tropas aliadas invadiram este castelo e prenderam Frank, o quadro – e inúmeras outras peças de arte – já haviam desaparecido. Até aos dias de hoje ninguém conhece o paradeiro deste quadro.
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Fósseis raros do “Homem de Pequim”
Nem todos os tesouros da Segunda Guerra correspondem a objetos e artefactos fabricados pelo Homem. Em 1941 a China enviou cerca de 200 fósseis raros de uma subespécie de Homo Erectus para os EUA, devido ao medo de uma invasão japonesa. No entanto estes fosseis do “Homem de Pequim” – como é conhecida esta espécie – nunca chegaram ao território americano.
Alguns especialistas especulam que estes restos humanos foram destruídos, já outros acreditam que ainda poderão ser encontrados. Felizmente na altura os investigadores chineses fizeram moldes destes fósseis antes de os enviarem, pelo que é possível ainda estudar esta espécie rara.
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