No entanto, vários e várias especialistas em nutrição concordam que levar uma alimentação deste tipo proporciona todos os nutrientes necessários para se ter uma dieta equilibrada, refere o atlas da saúde.
De facto, existem certas plantas e vegetais que podem conter significativamente mais proteínas do que algumas carnes. E, como sabe, uma dieta rica em proteínas promove um fortalecimento da massa muscular, uma sensação de saciedade e perda de peso.
Levar uma alimentação vegan ou vegetariana está directamente ligado a benefícios na saúde, incluindo baixo colesterol, menor pressão arterial e um menor índice de massa corporal. No entanto, caso esteja a pensar em seguir uma dieta deste cariz, terá de se certificar que ingere nutrientes core, como a vitamina B12, ferro e ómega 3.
Seja qual for o motivo pelo qual pretende seguir uma alimentação vegetariana ou vegan, deve estar à procura de ideias de receitas para fazer. Para além dos tradicionais vegetais e frutas, foi elaborada uma lista com alguns substitutos da proteína animal que farão com que esqueça a carne e saboreie na mesma deliciosas refeições.
Beringela
Este vegetal oferece uma textura suculenta e um sabor natural, podendo ser preparada de várias formas, desde grelhada e cozida, a frita ou mesmo com recheio.
Cogumelos
É muito popular substituírem-se alguns tipos de bifes por cogumelos, sendo um alimento com enormes potencialidades. Cortados, fatiados ou moídos proporcionam uma textura suculenta e um sabor defumado que resulta muito bem em substituição da carne.
Tofu
É semelhante à carne de galinha. Este alimento, baseado em soja vegetariana com bastante proteína (85 gramas contêm 9 gramas de proteína), serve pratos cozinhados durante todo o ano. Se tentarmos usar um termo mais poético, o tofu é como uma tela em branco pronto para dar sabor a centenas de outros alimentos vegans ou vegetarianos.
Seitan
Conhecido como a carne branca do vegetarianismo, esta proteína de trigo é uma excelente opção e fornece uma sensação semelhante à da galinha, quando provada (de facto, muitas imitações de produtos com galinha no mercado são feitos com seitan). Actualmente consegue comprar este alimento na maioria dos supermercados.
Lentilhas
Este legume é surpreendentemente alto em proteínas, possuindo 9 gramas por meio copo. A sua textura e sabor apimentado fazem dele um bom substituto à carne picada em várias receitas. As lentilhas existem em várias cores, incluindo vermelho, castanho, preto e verde, custando menos do que a carne. Pode comê-las cozinhadas ou em conserva.
Feijões
Semelhantes às lentilhas, os feijões são uma boa forma de substituir bifes em diversas receitas. Para cada meio copo servido, este alimento fornece 8 gramas de proteína e 8 de fibras, sendo que pode variar dependendo do tipo de feijão.
Tempeh
O tempeh é um alimento fermentado com um fungo do género “Rhizopus”, a partir de sementes de soja branca da Indonésia, com um aroma a nozes e uma textura densa e ligeiramente carnuda. Esta proteína tem todos os aminoácidos essenciais e, como é fermentado, possui probióticos, isto é, bactérias essenciais ao bom funcionamento da flora intestinal.
Quinoa
Esta pequena semente está cheia de proteína, é fácil de cozinhar e muito versátil. Um copo de quinoa cozinhada tem 8 gramas. Para além disso, é um dos poucos substitutos da carne que fornece os nove aminoácidos essenciais que o corpo humano não produz e contém fibra, ferro, magnésio e manganésio.
Quais as diferenças entre vegetarianismo e veganismo?
O vegetarianismo e o veganismo são duas opções alimentares de bases parecidas. No entanto, divergem em termos de posicionamento, uma vez que os vegetarianos e as vegetarianas excluem carne e peixe, mas não produtos de origem animal. Este grupo consome, por exemplo, ovos, lacticínios e mel. De uma forma genérica:
Ovo-lacto-vegetarianismo: consomem lacticínios e ovos;
Lacto-vegetarianismo: consomem lacticínios mas não ovos;
Ovo-vegetarianismo: consomem ovos mas não lacticínios;
Veganismo: não consomem ovos, lacticínios ou outros derivados de origem animal.
Por seu turno, o veganismo exclui tudo o que é de origem animal da sua alimentação e também da roupa, produtos de higiene e detergentes. Se optar por um destes estilos de vida, está a contribuir para que haja menos poluição e sejam gastos menos recursos naturais.
A Associação Vegetariana Portuguesa, por exemplo, afirma que a maioria das pessoas decide ser vegetariana para evitar a morte de animais, mas também há quem opte por este tipo de alimentação devido a problemas de saúde, crenças religiosas, entre outros motivos.