Os cientistas consultados pelo jornal norte-americano The New York Times sugerem que o segredo para vivermos mais tempo está em manter a nossa saúde com qualidade.
A esperança média de vida é um valor que, tendencialmente, tem crescido nos últimos anos. Facto característico em muitos pontos do globo, mas com os países do Oriente a aparecerem sempre na conversa, quando o tema é alta esperança média de vida, e com o Japão sempre na liderança.
No entanto, foi a francesa Jeanne Calment, que morreu em 1997 e chegou a viver 122 anos, que leva o recorde. E Espanha está em boas perspetivas de assumir o lugar do Japão, em 2040, quando a esperança média de vida chegar aos 86 anos.
Na tentativa de entender, cada vez melhor, o natural ciclo da vida, vários estudos têm feito por entender a especificidade celular à medida que se envelhece. Num desses estudos percebe-se que em células com mais idade é maior a presença de substâncias que aumentam a inflamação e destruição dos tecidos. A presença dessas substâncias no organismo torna-se mais assídua a partir dos 60 anos.
É neste campo, – melhorar as condições da saúde das pessoas -, que alguns cientistas têm feito por contrariar o envelhecimento natural, ao evitar a propagação das referidas substânciaa. Com efeito, já está a ser testado um fármaco com este fim, utilizado há largas décadas no tratamento da diabetes, e parece ter efeito contra algumas doenças que se associam à velhice.
Porém, a velhice não é considerada uma doença e os estudos científicos não podem ignorar essa ideia. Nem os especialistas, nem a FDA ou outras federações que trabalhem no ramo da medicação, têm interesse em contrariar tal afirmação.
Superação do corpo humano
O professor de epidemiologia da Universidade de Illinois, em Chicago, Jay Olshansky, aponta os 85 anos de idade como o limite máximo para um ser humano viver, já que «partes do corpo humano, incluindo o cérebro, não estão preparados para viver muito mais do que isso».
Contudo, é natural ao ser humano a vontade de quebrar barreiras ou limites, não necessariamente o dos 85 anos, mas o limite máximo da qualidade da saúde de cada indivíduo em particular, num desafio às próprias capacidades do corpo humano.