A greve por distritos, convocada pela plataforma de nove organizações sindicais, termina hoje em Lisboa e o último de 18 dias de paralisação será assinalado com uma concentração na praça do Rossio, avança a Lusa.
Para assinalar o fim da greve que percorreu o país durante 18 dias, a plataforma sindical, que inclui as federações nacionais dos Professores e da Educação (Fenprof e FNE), convocou uma concentração na praça do Rossio, a partir das 15:00.
Antes disso, professores vão estar concentrados em frente à escola António Arroio, uma escolha que a Fenprof justificou, em comunicado, com a necessidade de insistir na vinculação e aprovação de um regime específico de concursos para os docentes das escolas artísticas.
A greve, que replicou uma iniciativa das mesmas organizações sindicais realizada no início do ano, arrancou em 17 de abril, no Porto, de onde prosseguiu para percorrer todos os distritos do país por ordem alfabética inversa, de Viseu até Aveiro, com uma adesão média próxima dos 80%, segundo a Fenprof.
A recuperação integral do tempo de serviço que esteve congelado e a eliminação das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões continuam a ser os principais motivos da contestação dos docentes, que vai culminar com uma greve nacional e duas manifestações em 06 de junho.
Durante a concentração de hoje, no Rossio, a plataforma sindical irá anunciar uma nova ação de luta a partir de 22 de maio.
Além da Fenprof e da FNE, fazem parte da plataforma a Associação Sindical de Professores Licenciados (APSL),a Pró-Ordem dos Professores (PRÓ-ORDEM), Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (SEPLEU), Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (SINAPE), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU).
Entretanto, o Ministério da Educação volta a reunir-se com os sindicatos do setor na segunda-feira, para a negociação suplementar das medidas propostas pelo executivo com o objetivo de corrigir assimetrias decorrentes do congelamento da carreira docente.
As medidas, com impacto no tempo de serviço progressão na carreira, foram contestadas pelos representantes dos professores, que insistem na eliminação das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões e na recuperação de todo o tempo de serviço (seis anos, seis meses e 23 dias).