O concelho de Mangualde estabeleceu uma parceria com cidades europeias com o objetivo de atrair e fixar população, através da melhoria da qualidade de vida e do aumento da atratividade do território, anunciou hoje a autarquia, avança a Lusa.
A parceria surgiu no âmbito do projeto “Residents of the future” (Residentes do Futuro) – URBACT IV, que tem um financiamento europeu no valor global de mais de 827 mil euros, recentemente aprovado.
Segundo a autarquia, Mangualde (distrito de Viseu) é o único concelho de Portugal a integrar este projeto europeu direcionado às cidades de pequena e média dimensão.
O vice-presidente da Câmara e responsável pela candidatura, João Pedro Cruz, explicou que “Mangualde foi a concurso para tentar entrar neste consórcio e, após demonstrar capacidade e ambição para atrair e fixar população, foi eleito para integrar este projeto europeu”.
“É um orgulho para Mangualde fazer parte deste projeto, é uma oportunidade única para o nosso território traçar um plano estratégico com foco no seu crescimento sustentável”, realçou.
O projeto é liderado pela cidade de Šibenik, na Croácia. Além de Mangualde, a rede “Residentes do Futuro” integra Alba Lulia (Roménia), Saldus (Letónia), Plasencia (Espanha), Kalamata (Grécia), Lisalmi (Findândia), Saint-Quentin (França), Mantova (Itália) e Trebinje (Bósnia e Herzegovina).
“A pandemia trouxe muitas mudanças à nossa sociedade e esta rede irá explorar novas formas de aumentar a atratividade das cidades para atrair e fixar novos investimentos e novos moradores”, explicou João Pedro Cruz.
Nesse sentido, “lutam diariamente para redefinir metas digitais para se tornarem cidades mais centradas no cidadão, com soluções holísticas e sustentáveis que permitam o crescimento verde e melhores condições de vida para sua população”, numa era pós-covid-19, que levou a “novas formas de trabalhar, viver e comunicar”.
No caso de Mangualde, a intervenção irá focar-se na concretização de um novo plano de marketing territorial, na habitação, na transição digital e na economia.
No que respeita à habitação, serão tidas em conta “as habitações vazias de forma pouco usual ou disruptiva, envolvendo de forma corresponsável a sociedade civil local” e tentando assim “contribuir para o problema da falta de habitação, bem como para a reabilitação/atratividade da paisagem urbana”.
No âmbito deste projeto, o executivo camarário espera também “desenvolver e implementar a digitalização dos serviços públicos e privados da cidade, através do acesso a ferramentas digitais de fácil utilização (transição digital)”, e “aprimorar o trabalho de regulamentação municipal, impostos municipais e incentivos sobre setores-chave da economia local, criando assim um ecossistema fértil para investimentos, geração de empregos e atração de moradores (economia)”.