Segundo a APEL, que recorre a dados disponibilizados pela consultora GfK, em 2023 venderam-se 13.176.303 livros, ou seja, mais 3,6% comparando com 2022. Do total de livros vendidos, 13.264 foram livros novos, novidades editoriais, avança a Lusa.
Em 2023, a faturação global do mercado livreiro foi de 187,2 milhões de euros, o que representou um aumento de 7% em relação a 2022, ano em que as vendas atingiram os 175 milhões de euros.
Ainda assim, apesar destes aumentos, a APEL considera que houve “um crescimento menor que o apresentado em 2021 e 2022”, o que “indicia uma estabilização do mercado depois do ano de rutura de 2020 e evidencia a necessidade de resolver muitas das fragilidades quer do setor editorial quer do setor livreiro”.
De acordo com os dados divulgados, a maioria dos livros vendidos (34,1%) dizia respeito ao segmento infanto-juvenil, seguindo-se a ficção (32,3%) e a não-ficção (30,2%).
Em termos de faturação, o segmento que representou um maior encaixe para o setor livreiro foi o da ficção (37,3%), seguindo-se o da não-ficção (35,5%) e o infanto-juvenil (26,3%).
Estes valores relacionam-se também com o preço de venda dos livros. Em 2023, o preço médio de livro vendido sofreu aumentos de 3,3% para 14,21 euros, segundo contas da APEL.
Em média, um livro para crianças ou jovens custava 10,95 euros, enquanto o de ficção custava 16,38 euros e o de não-ficção 16,68 euros.
Oitenta por cento dos livros foram vendidos em livrarias, e os restantes 20% em hipermercados.
Em termos de dados parcelares, a APEL sublinha que 2023 terminou com “um trimestre de evolução favorável no mercado, tanto em volume como em valor”.
O quarto trimestre de 2023, de outubro a dezembro, marcado sobretudo pelas vendas de natal, registou 63,1 milhões de euros de vendas, o que significou um aumento de 7,3% face ao mesmo período de 2022.
Entre outubro e dezembro, venderam-se 4,2 milhões de livros, dos quais 2.830 foram considerados livros novos.