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Angioedema hereditário: pode ser uma doença muito debilitante, que rouba qualidade de vida

São precisos, em média, oito anos até ao diagnóstico desta doença, que tem como principais sintomas um inchaço em várias partes do corpo.

19 Maio 2024
Sandra M. Pinto

Não é um nome muito comum e, por isso, não são muitos os que conhecem o angioedema hereditário, uma doença genética rara que afeta entre 200 a 300 pessoas em Portugal e cujos atrasos no diagnóstico tornam a jornada dos doentes ainda mais difícil. Isto porque os seus sintomas são, muitas vezes, mal interpretados, como as dores abdominais, confundidas com apendicite, o que resulta em cirurgias desnecessárias, ou o edema, encarado como alergia. De acordo com a HAE International, a Associação Internacional do Angioedema Hereditário, o diagnóstico pode levar mais de oito anos, o que traduz uma doença sub-reconhecida, subdiagnosticada e, por isso mesmo, subtratada.

Os sintomas de angioedema hereditário incluem episódios de inchaço (edema) em várias partes do corpo, incluindo mãos, pés, rosto e vias aéreas, este particularmente perigosa, já que pode levar à morte por asfixia, e aos quais se juntam ainda, com frequência, crises de dor abdominal, náuseas e vómitos causados por inchaço na parede intestinal.

Sabe-se que os doentes apresentam um defeito no gene que controla uma proteína do sangue chamada inibidor de C1, que tem o papel de ajudar a regular as complexas interações bioquímicas dos sistemas sanguíneos envolvidos no combate a doenças, na resposta inflamatória e na coagulação. Como o inibidor C1 defeituoso não desempenha adequadamente a sua função reguladora, isso pode resultar no surgimento do edema, pelo que as pessoas com esta doença costumam relatar ataques de inchaço que afetam várias partes do corpo e que, sem tratamento, podem entre dois a cinco dias.

Inchaço este que costuma ser também associado à presença de alergias, mas que não pode ser tratado como uma reação alérgica e que é mesmo desfigurante e pode ser extremamente doloroso e incapacitante, a ponto de impedir a participação nas atividades diárias normais.

De facto, as pessoas com angioedema hereditário apresentam uma qualidade de vida reduzida devido à dor e outros sintomas debilitantes das crises, que podem afetar a capacidade de realizar atividades diárias, como ir ao trabalho ou à escola ou participar em momentos sociais ou de lazer. Estes doentes apresentam ainda níveis mais elevados de depressão e ansiedade devido à natureza imprevisível dos ataques, ao potencial de asfixia devido a um inchaço na garganta e à possibilidade de transmitir a doença às gerações futuras.

Embora sem cura, este é um problema cujos tratamentos disponíveis podem ajudar a prevenir o aparecimento de sintomas e a controlar eficazmente os ataques. No entanto, confirma a HAE International, os medicamentos mais inovadores ainda não estão disponíveis de forma consistente para todas as pessoas.

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