O conjunto de bens agora isentos de impostos alimentares custa hoje menos cerca de 13 euros que no final de março, quando já era conhecido o conteúdo do cabaz de alimentos essenciais com IVA zero, avança a Lusa.
A medida que isenta de IVA um conjunto de 46 produtos alimentares entrou hoje em vigor e, apesar de o setor da distribuição alimentar dispor de 15 dias para a repercutir nos preços de venda ao público, foram vários os supermercado e hipermercados que abriram ao público a anunciar preços a “IVA 0%”.
De acordo com a recolha de preços feita pela Lusa junto do site de uma cadeia de distribuição alimentar, a compra de 50 itens que integram as diversas tipologias do cabaz (considerando mais do que uma variedade de massa e de arroz, bem como os vários tipos de fruta, de carne, peixe, legumes ou laticínios e bebidas vegetais entre outros) custaria 173,96 euros se efetuada no final de março.
Hoje, o mesmo carrinho de produtos custaria 160,55 euros, segundo os preços disponíveis no site da mesma cadeia de retalho alimentar – que não tem em conta artigos em promoção – resultando numa diferença de 13,41 euros.
A diferença é justificada pela isenção do IVA, mas também pelo facto de desde 28 de março e até hoje o preço de alguns produtos ter baixado. Foi, por exemplo, o caso da couve-flor, cujo preço por quilo baixou de 2,49 euros para 1,98 euros (considerando ainda o preço com IVA a 6%), mas que o supermercado tem hoje à venda por 1,87 euros.
A lista revela que, na categoria dos legumes vários desceram de preço de então para cá, assim como algumas das frutas que integram o cabaz. Mas a situação inversa também se verifica, sendo este o caso do alho francês ou da pera rocha.
Para a maioria dos produtos, porém, a diferença de preço entre o final de março e a de hoje resulta da descida do IVA, de acordo com as informações disponíveis no referido site.
Os 46 produtos do cabaz com IVA a 0% foram escolhidos tendo em conta o cabaz de alimentação saudável do Ministério da saúde e os dados das empresas de distribuição sobre os produtos mais consumidos pelos portugueses.
Esta medida, que visa combater os efeitos da alimentação no rendimento das famílias, estará em vigor até ao final de outubro, com o Governo a estimar que terá um contributo de 0,2% na redução da taxa de inflação em 2023.