São Miguel, São Jorge, Terceira, Pico e Graciosa trocaram a vitória do PS, em 2020, pela da coligação PSD/CDS-PP/PPM, no domingo, enquanto o Corvo, onde há pouco mais de três anos venceu uma coligação PPM/CDS-PP, preferiu este ano os socialistas.
Segundo dados oficiais provisórios, em São Miguel, a coligação PSD/CDS-PP/PPM venceu com 23.940 votos (39,68%), ao contrário das últimas eleições, nas quais ganhou o PS, com 20.813 votos (38,98%), neste caso de acordo com resultados oficiais publicados no Diário da República.
Se, em 2020, PSD, CDS-PP e PPM tivessem ido coligados às eleições, poderiam alcançar um somatório de 21.569 votos, acima do resultado socialista.
Este ano, a coligação de direita elegeu 10 mandatos em São Miguel, mais um do que em 2020, o PS ficou com oito (perdeu um) e o Chega subiu de um para dois deputados. O BE perdeu o deputado que elegeu por este círculo nas últimas eleições.
PSD/CDS-PP/PPM venceram em São Jorge com 2.584 votos (52,22%), o que representou uma reviravolta em relação a 2020, quando ganhou o PS (1.571 votos/32,02%).
Neste círculo, o PS também desceu no número de votos entre as duas eleições, tendo obtido domingo apenas 1.477 votos (29,85%).
Os votos somados de PSD (905), CDS-PP (1.552) e PPM (74) em 2020 representavam 2.531 votos, e ficariam acima do resultado conseguido então pelos socialistas.
No entanto, em termos de mandatos, em São Jorge não houve alterações: O PS manteve um mandato e a coligação dois (quando nas eleições anteriores o PSD teve um e o CDS-PP outro).
Na ilha Terceira, PSD/CDS-PP/PPM conseguiram 12.099 votos (43,57%), seguido do PS com 10.304 (37,10%).
Nas legislativas anteriores, o PS venceu neste círculo, com 10.200 votos, seguido do PSD, com 7.028 votos (que seriam 9.563 com os votos dos atuais parceiros de coligação).
Em termos de mandatos, o coligação PSD/CDS-PP/PPM conseguiu cinco, o PS quatro e o Chega um, enquanto em 2020, o PS teve cinco, o PSD quatro e o CDS-PP um.
Em termos de mandatos, no Pico ficou tudo na mesma. Tal como em 2020, o PS conseguiu domingo dois e o PSD outros dois deputados.
No entanto, nas últimas eleições quem teve mais votos foi o PS (44,83%, com 3.038 votos) e no domingo a coligação PSD/CDS-PP/PPM (47,52% e 3.595 votos). Em 2020, mesmo coligados, a soma dos votos dos três partidos da coligação (de 2.813) ficaria atrás dos socialistas.
PSD/CDS-PP/PPM ficaram este domingo com dois mandatos na Graciosa e o PS com um. Em 2020 foi ao contrário: o PSD conseguiu apenas um e o PS dois.
Os socialistas perderam votos este ano (1.079 ou 43,68% e nas últimas eleições tiveram 1.200 votos) e a coligação obteve 1.142 votos (46,23%), menos do que os 1.174 votos somados dos três partidos por este círculo em 2020.
No Corvo, desta vez o PS venceu (164 votos que representaram 53,42%), quando em 2020 venceu uma coligação PPM/CDS-PP (com 115 votos ou 40,07%).
Em ambas as eleições, tanto o PS como os partidos coligados elegeram um deputado cada.
Santa Maria voltou a dar a vitória ao PS, com uma ligeira subida no número de votos, de 1.050 (43,95%) para 1.093 votos (41,51%).
Neste círculo, o segundo classificado também subiu, já que o PSD, o PPM e o CDS-PP conseguiram em 2020 um total de 886 votos e este ano os três partidos em coligação alcançaram 902 votos.
Em termos de mandatos, Santa Maria elegeu o mesmo número de deputados: dois socialistas e um da direita que venceu as legislativas açorianas.
No Faial, venceu a coligação PSD/CDS-PP/PPM (48,23%, com 3.652 votos) e em 2020 o PSD (com 2.893 votos ou 41,04 %), elegendo dois deputados contra outros dois do PS.
Os socialistas ficaram em segundo lugar em ambas as eleições (30,31% ou 2.137 votos em 2020 e 2.449 votos ou 32,34% no domingo).
Nas Flores venceu o PS tanto este domingo (862 votos – 41,76%) como há pouco mais de três anos (593 votos – 30,04%).
No entanto, em 2020 os três mandatos das Flores ficaram divididos entre o PS, o PSD e o PPM, elegendo um deputado cada.
No domingo, a coligação não conseguiu manter os dois deputados e perdeu um para os socialistas.
Nas eleições regionais açorianas existe um círculo por cada uma das nove ilhas (São Miguel, Terceira, Faial, Pico, São Jorge, Graciosa, Santa Maria, Flores e Corvo) e um círculo regional de compensação, reunindo os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.
A coligação PSD/CDS/PPM venceu as eleições regionais dos Açores, no domingo, com 42,08% dos votos, elegeu 26 deputados, mas ficou a três da maioria absoluta, segundo dados oficiais provisórios.
José Manuel Bolieiro, líder da coligação PSD/CDS-PP/PPM, que governa os Açores desde 2020, disse que irá governar com “uma maioria relativa” nos próximos quatro anos, evitando dizer se fará acordo com o Chega, que passou de dois para cinco deputados.
O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos (35,91%), seguido pelo Chega, com cinco mandatos (9,19%).
O Bloco de Esquerda (2,54%), Iniciativa Liberal (2,15%) e partido Pessoas-Animais-Natureza (1,65%) elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.