Uma inflamação é um alerta que vai querer ter em atenção

Não se deve menosprezar o problema, que pode ser facilmente resolvido ou prevenido, pois pode gerar mais problemas (talvez fatais).

Enquanto mecanismo de resposta a lesões e infeções, a inflamação é a forma do corpo sinalizar o sistema imunitário para recuperar o tecido danificado, defendendo-se contra invasores estrangeiros, como vírus e bactérias. A dor é o reflexo, o qual funciona como um alerta para que não deixe de reparar aquele dano.

Ou seja, quando se começa a sentir dor, o melhor é reagir imediatamente. Protelar poderá fazer a inflamação aumentar de dimensão, tornando-se, eventualmente, mortal. Este artigo pretende, apenas, tal como as dores, ser um aviso para levar a sério.

Apesar da perspetiva “positiva” das inflamações, quando a dor persistir, pode querer indicar um caso diferente ou quase oposto. São os casos de inflamação crónica, em que a resposta (não sendo dores pontuais e/ou numa zona específica) pode significar doenças de maior gravidade.

As inflamações agudas são as que podem causar uma impressão ou dor inicial maior a quem sofre delas, mas tendencialmente menos problemáticas, desde que atendidas rapidamente. As inflamações crónicas são as mais difíceis de gerir por as suas respostas não serem tão óbvias e poderem encobrir a verdadeira lesão que deveria ser o foco de preocupação.

Inflamações agudas

Uma inflamação é um alerta que vai querer atenderUm corte no joelho, um tornozelo torcido ou uma dor de garganta são os exemplos mais normais de uma inflamação aguda. Trata-se de uma resposta de curto prazo com efeitos localizados. Os sinais indicadores de uma inflamação aguda incluem vermelhidão, inchaço, calor e, às vezes, desmaios.

Neste caso de inflamação, os vasos sanguíneos dilatam, o fluxo sanguíneo aumenta e os glóbulos brancos concentram-se na área lesada para promover a cicatrização.

Inflamações crónicas

Ao contrário da inflamação aguda, a crónica pode ter efeitos prolongados e em todo o corpo. É também conhecida como inflamação persistente de baixo grau, porque produz um nível normalmente mais baixo e constante de inflamação em todo o corpo. Este tipo de inflamações são identificadas por um pequeno aumento nos marcadores do sistema imunológico encontrados no sangue ou nos tecidos.

Baixos níveis de inflamação podem ser desencadeados por uma ameaça interna, apesar de não haver uma doença para curar, mas faz com que o sistema imunológico responda de forma iludida. Essa resposta (aumento de glóbulos brancos) pode fazer, eventualmente, com que se comecem a atacar órgãos internos ou outros tecidos e células saudáveis.

As precauções e cuidados que devemos ter quando sofremos uma inflamação podem ser: uma dieta anti-inflamatória e fármacos ou suplementos anti-inflamatórios.

Dieta anti-inflamatória

Este tipo de dietas popularizaram-se nos últimos anos, tendo princípios saudáveis pois são, nutricionalmente, sólidas.

Os alimentos recomendados são típicos de uma dieta mediterrânea e incluem a ingestão de mais peixes, frutas, vegetais frescos e gorduras saudáveis (Ómega-3); comer quantidades moderadas de frutos secos; muito pouca carne vermelha e beber moderadamente vinho tinto.

Fármacos e suplementos anti-inflamatórios

De acordo com um artigo publicado no Johns Hopkins Health Review, atualmente, não existem medicamentos que visem especificamente a inflamação crónica.

No entanto, há uma abundância de medicamentos vendidos sem prescrição médica e alguns remédios para tratar inflamações agudas de curto prazo. Os mais comuns incluem a aspirina e o ibuprofeno.

Vários suplementos alimentares são ditos ter propriedades anti-inflamatórias, como a garra do diabo, o açafrão e a casca de salgueiro. Embora haja algumas evidências de que alguns produtos naturais podem fornecer benefícios modestos para a inflamação aguda, em geral, não há evidências suficientes para apoiar o uso de muitos desses produtos em condições inflamatórias.

A melhor solução para todos os casos em que haja uma inflamação é não deixar passar nenhum tipo de dor e consultar o médico de família ou ir a um centro de saúde ou hospitalar. Em certos casos, o tratamento pode passar exclusivamente pelo próprio tempo, noutros, poderá salvar-se de problemas bastante graves.

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