Os portugueses têm ideias diferentes das dos partidos políticos para que utilização dar aos excedentes do Orçamento de Estado (OE) previstos para a próxima legislatura. Os eleitores colocam, apenas, a redução da carga fiscal em terceiro lugar na sua lista de prioridades, segundo uma sondagem da Aximage para o Jornal Económico.
O investimento na saúde está no topo dos interesses de quase 4 em cada dez pessoas (12,8%). Ainda antes da redução nos impostos para as classes médias (10,7%), os resultados da sondagem dizem que os portugueses preferem aumentar o valor das reformas mais baixas (11,7%). No entanto, a curta diferença entre estes valores pode ser explicada pela divisão da Aximage, de uma menor carga fiscal em duas categorias, entre a diminuição do IRS, e a consequente melhoria dos rendimentos famíliares, e a diminuição do IVA, que tem um papel mais destacado no mundo empresarial.
Os 765 inquiridos, com idades entre os 18 e os 64 anos, ainda se mostraram mais renitentes em destinar o excedente do OE previsto para a próxima legislatura à redução da dívida pública. Esta hipótese ficou ainda atrás de preocupações como a desigualdade social, pobreza e a educação.
Por idades, esta sondagem da Aximage permitiu perceber que os entrevistados com 50 a 64 anos têm uma maior preferência em garantir um desenvolvimento sustentável das finanças públicas e da segurança social. O Jornal Económico desta sexta-feira também refere que pessoas com mais de 65 anos não foram incluídas nesta sondagem, por ser um segmento que tem mais embaraços no acesso online e as entrevistas telefónicas seriam pouco práticas, devido ao grande número de opções nas respostas.