A equidade entre homens e mulheres continua a ser um objetivo que cada vez mais faz parte das nossas vidas e do mundo empresarial. É fundamental procurar assegurar que tanto homens e mulheres têm o mesmo tipo de direitos e oportunidades, sem que exista espaço para injustas distinções baseadas no sexo.
De qualquer forma, existem habitualmente algumas diferenças psicológicas e emocionais bastante perceptíveis entre os dois gêneros. As mulheres tendem a ser, em média. mais calorosas, amáveis e sensíveis. Já os homens assumem tradicionalmente um “papel” mais agressivo e assertivo, tal como confirmam diferentes estudos.
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No entanto, existem algumas diferenças bastante mais difíceis de identificar. Eis algumas conclusões, baseadas em factos científicos, que podem surpreender.
- As mulheres são mais capazes de identificar expressões de nojo ou insatisfação
Será que as mulheres têm mesmo uma melhor inteligência emocional que os homens? Um recente estudo, procurou medir a forma como ambos os sexos conseguem reconhecer expressões faciais de emoções num conjunto de fotografias. As mulheres demonstraram ser bastante mais capazes de identificar descontentamento.
Os investigadores acreditam que este fator possa estar relacionado com o facto de as mulheres serem responsáveis pela gestação das crianças. Isto faz com que estejam, normalmente, mais atentas e sensíveis a qualquer alteração negativa no ambiente.
- Os homens afirmam sentir mais solidão no início da vida; as mulheres mais no final
As ideias pré-concebidas sobre o sentimento de solidão fazem-nos acreditar que esta aumenta habitualmente à medida que envelhecemos. Mais tarde na nossa vida torna-se mais difícil estar com amigos, familiares, etc.
No entanto, um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology procurou examinar este tema em maior detalhe e revelou conclusões interessantes. Curiosamente descobriram que a evolução da solidão apresenta diferenças baseadas no gênero. Os homens sentem-se mais solitários na meia idade, enquanto que as mulheres sentem-se mais sozinha quando se tornam idosas.
- Os homens passam mais tempo a relaxar do que as mulheres
Investigadores da Universidade de Barcelona concluíram que os homens passam uma porção maior do seu dia envolvidos em atividades de lazer do que as mulheres. O estudo procurou perceber quanto tempo era passado a ver televisão, ler, socializar com amigos, praticar desporto, a ir a eventos, etc. Os resultados revelaram que os homens passam em média 113 minutos diários envolvidos neste tipo de atividades. As mulheres apenas 101 minutos. Curiosamente, apesar de passarem menos tempo a relaxar, as mulheres afirmam apreciar substancialmente mais estes momentos do que os homens.
- Os homens e as mulheres podem falar duas línguas distintas?
A comunicação abstrata é um termo que procura definir a capacidade de um indivíduo comunicar as suas ideias e emoções usando um discurso que se baseia em questões mais gerais e menos concretas. No objetivo final e não tanto na estratégia de ação imediata.
Um estudo da San Francisco State University, revelou que os homens parecem ter uma tendência bastante superior de aplicarem uma comunicação abstrata, quando comparado com as mulheres. Os membros do sexo masculinos parecem mais interessados em falar sobre os objetivos finais e as mulheres mais focadas nas especificidades.
- As diferenças de género surgem na infância
Os psicólogos utilizam habitualmente cinco características para descrever a personalidade de uma pessoa: extroversão, abertura a novas experiências, agradabilidade, neuroticismo e conscienciosidade.
Um recente estudo utilizou este framework baseado nas cinco características para descrever e compreender a personalidade de um grupo alargado de jovens (entre os 9 e 13 anos). A ideia seria identificar quais as características de personalidade que se tornam mais divergente e quais as que se mantém iguais ao longo dos anos formativos.
Os investigadores encontraram duas diferenças clara entre rapazes e raparigas. As jovens adolescentes apresentaram níveis mais elevados de conscienciosidade tanto na idade mais jovem como ao longo dos anos.
Por outro lado, tanto rapazes como raparigas apresentaram níveis reduzidos de neuroticismo aos 9 anos. No entanto, ao longo dos anos formativos os rapazes apresentaram um declínio maior desta característica, quando comparado com as raparigas.
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