Contudo, a subida dos preços, com o escalar da inflação, pode representar um entrave importante na adoção de comportamentos alimentares mais saudáveis.
A escassez de recursos e a perda de poder de compra é um problema que, invariavelmente, acaba por levar a uma redução da diversidade à mesa e, por isso, a escolhas menos benéficas para a saúde.
No âmbito do Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, a Médis pretende ajudar os portugueses a comerem de forma mais saudável e sem grandes custos, para melhorar a sua saúde.
O QUE DEVE TER EM CONTA PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Com a vasta oferta existente no mercado, optar por alimentos saudáveis e mais ricos nutricionalmente nem sempre se revela uma tarefa fácil. Contudo, existe uma estratégia muito simples: preferir alimentos autênticos, que são mais completos nutricionalmente, como as frutas e os vegetais, as proteínas magras, os grãos integrais e as gorduras saudáveis.
Por outro lado, deve resistir-se tanto quanto possível aos alimentos processados, como snacks salgados, doces ou outros alimentos embalados. Deixamos-lhe alguns conselhos adicionais que podem ser muito úteis no momento da compra e que podem ajudar a conseguir uma alimentação mais saudável:
1) Consuma mais grãos integrais – Os hidratos de carbono refinados, como o pão branco, a massa ou o arroz, perdem nutrientes durante o processo de elaboração. Contudo, no pão de trigo integral e na massa e arroz integrais tal não acontece, o que os torna soluções mais saudáveis. Além disso, a ciência já comprovou que o alto consumo de grãos integrais está relacionado com um menor risco de diabetes tipo 2, doença coronária e hipertensão.
2) Leia os rótulos – Numa alimentação saudável, produtos ricos em sal ou açúcar não entram, é por isso fundamental ler os rótulos para se certificar de que estes nutrientes não estão presentes em excesso ou ‘escondidos’. Tal pode acontecer, por exemplo, com os iogurtes.
3) Exclua alimentos artificiais – Corantes, adoçantes ou conservantes. Todos os produtos que os contenham não devem fazer parte do dia-a-dia de uma alimentação saudável. Para os evitar, uma vez mais, leia atentamente os rótulos.
4) Troque os refrigerantes por água – O consumo de água em detrimento de sumos ou refrigerantes é a base de uma alimentação saudável. Além de não conter calorias, a água ainda ajuda a controlar a fome e a afastar a sensação de fadiga, dando-lhe mais energia. Além disso, é importante estar hidratado.
5) Consuma frutas e vegetais – São bons exemplos de uma alimentação saudável. Prefira ainda consumir fruta em vez do sumo de fruta, pois tem um menor teor de açúcar e mais fibra.
6) Cozinhe as suas próprias refeições – Ao fazê-lo, sabe exatamente que ingredientes contêm – se são frescos, naturais ou processados. Desta forma, não corre o risco de “manchar” a sua alimentação saudável com produtos processados.
MÉTODOS DE CONFEÇÃO SAUDÁVEIS
Os métodos de confeção determinam, em grande medida, a qualidade nutricional das refeições que consumimos. Por norma, os métodos ideais são a cozedura em água ou a vapor, assim como os assados ou estufados com pouca gordura.
Caso opte por um estufado, não adicione gordura ao preparado, uma vez que alimentos como a carne de vaca ou de porco já contêm, naturalmente, gordura suficiente. Os refogados devem ser breves para não degradar a gordura da carne. Por outro lado, o calor pode destruir cerca de 15 a 20% dos nutrientes dos vegetais, exceto alguns que podem até beneficiar da confeção, como é o caso do tomate, por exemplo, porque permite a libertação de antioxidantes que facilitam a absorção de nutrientes pelo organismo.
Os grelhados também podem ser saudáveis, uma vez que dispensam a adição de gordura. No entanto, o consumo excessivo de carne confecionada grelhada pode ser perigoso, porque as altas temperaturas podem originar uma reação química entre a gordura da carne e a sua proteína, dando origem a toxinas que desequilibram os antioxidantes do organismo, e podem contribuir para o aparecimento de doenças cardiovasculares e diabetes.
Ter uma alimentação saudável requer algum esforço, nomeadamente na escolha do tipo de alimentos consumidos, nos métodos de confeção escolhidos no dia-a-dia e, claro na gestão das opções tendo em conta o orçamento familiar.
A alimentação é, cada vez mais, um fator determinante na preservação da saúde – fazer escolhas mais equilibradas é contribuir para uma vida mais longa e saudável.