Em declarações à agência Lusa, a reitora da UÉ, Hermínia Vasconcelos Vilar, revelou que o trabalho com vista à criação do curso de Medicina está a cargo de um grupo de trabalho, coordenado pelo médico e investigador Lino Patrício.
“A UÉ já tem um grupo de trabalho que congrega pessoas da universidade e de fora, que está a desenhar um plano de estudos e uma proposta de apresentação de um curso de Medicina, que espero que, com alguma brevidade, avance para a acreditação”, realçou.
Sem se comprometer com datas, a reitora indicou que a Medicina na UÉ não avançará no próximo ano letivo, pois os cursos entregues agora na Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior “só poderão começar no ano letivo 2025/2026”.
“Na melhor das hipóteses em 2025/2026, mas não estou a dizer que vamos abrir nesse ano”, sublinhou, limitando-se a adiantar que a academia alentejana quer “avançar com alguma velocidade, mas de forma segura” para a criação do curso.
Hermínia Vasconcelos Vilar referiu que, além da preparação do plano de estudos e da proposta de acreditação, a UÉ está também a procurar estabelecer parcerias e acordos com outras instituições para “reforçar e consolidar essa oferta” na área da Medicina.
“Estamos ainda a tentar, penso que em breve conseguiremos concretizar essa iniciativa, adquirir um espaço junto ao novo hospital para a construção da nova Escola de Saúde”, acrescentou a responsável.
O terreno que a UÉ tenciona adquirir é propriedade do Estado português, tem uma área de quatro hectares e está situado junto do futuro Hospital Central do Alentejo, que está em construção na periferia de Évora.
“A construção do novo hospital penso que é um elemento muito importante para que se possa avançar para o curso de Medicina” na instituição alentejana, até porque “existe a necessidade de um novo curso de Medicina no sul do país”, frisou.
Segundo a reitora, a universidade quer juntar nas futuras instalações as escolas de Saúde e Desenvolvimento Humano e Superior de Enfermagem São João de Deus, esta atualmente situada junto ao Hospital do Espírito Santo de Évora.
O futuro hospital, em construção na periferia de Évora, deverá ter 360 camas em quartos individuais, o que pode ser aumentado, se necessário, até 487.
A nova unidade, cujas obras estão previstas terminar no final de 2024, custa mais de 200 milhões de euros e vai ter, entre outras valências, 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para ambulatório e dois de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.
Lusa