5 factos curiosos sobre Catarina, a Grande, que provavelmente desconhece

Descubra a surpreendente história de uma das mais famosas líderes do Império Russo.

Catarina II, a Grande (1729-1796) foi imperatriz da Rússia. Durante seu governo o país registou um enorme desenvolvimento económico e artístico. Apesar da origem estrangeira, tornou-se tão popular quanto o místico czar Pedro, o Grande. Governou 34 anos e passou para a história como a “déspota esclarecida”.

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Desde então a sua história de vida fascinante tem dado aso a inúmeras adaptações cinematográficas e televisivas. Mais recentemente a série da HBO “The Great” procurou contar em maior detalhe a história da subida ao poder de Catarina (interpretada na série pela atriz Elle Fanning).

Descubra agora 5 interessantes (e surpreendentes) factos sobre a vida de Catarina, a Grande, revelados pelo portal online History.

 

  1. Na realidade o seu nome não era Catarina, nem a sua nacionalidade russa

A mulher que passámos a conhecer como Catarina, a Grande era na verdade a filha mais velha de um decadente príncipe da Prússia (atual Alemanha). Nascida em 1729 com o nome Sophie von Anhalt-Zerbst teve sempre diversas boas possibilidades de casamento, devido ao historial da família da sua mãe.

Em 1744, Sophie (com 15 anos) foi convidada pela czarina Elisabete (filha de Pedro, o Grande), que tinha recentemente subido ao trono do império Russo, para visitar a corte e conhecer o seu sobrinho Peter que se encontrava na linha de sucessão. Os dois acabariam por casar no ano seguinte e a noiva – agora convertida ao cristianismo ortodoxo – iria assumir o nome de Ekatarina, ou Catarina.

  1. Catarina chegou ao poder através de um golpe de Estado que se viria a tornar sangrento

A czarina Elisabete morre em Janeiro de 1762. O seu sobrinho Pedro é coroado imperador e Catarina, sua mulher, torna-se imperatriz da Rússia. Mal chegou ao poder, o novo imperador Pedro III iniciou uma série de reformas e medidas impopulares. O terminar da guerra com a Prússia e uma série de medidas mais liberais não foram do agrado dos membros mais altos da corte e dos militares.

Estes membros descontentes procuram assim junto de Catarina encontrar uma alternativa de sucessão. O plano é descoberto e a imperatriz é obrigada a reagir rapidamente, decretando a prisão de Pedro III. Pedro é forçado a abdicar e Catarina torna-se a líder única.

Uns dias mais tarde Pedro III é encontrado morto, supostamente “às mãos” de um dos amantes de Catarina. Este acontecimento viria a assombrar para sempre o reinado de Catarina.

  1. Teve que enfrentar diversas revoltas e tentativas de sucessão

De todas as tentativas de roubar o poder a Catarina, a mais ameaçadora aconteceu em 1773 quando um grupo de Cossacos e plebeus armados se rebelaram a favor de melhores condições para as classes mais pobres. Liderados por Emelyan Pugachev questionavam a legitimidade do reinado de Catarina. Pugachev (que defendia ser um legítimo herdeiro de Pedro III) reuniu um número avultado de tropas e chegou a conquistar alguns territórios. Catarina respondeu com força desmedida, capturando rapidamente o líder da rebelião e executando-o publicamente em Janeiro de 1775.

  1. O filho mais velho de Catarina – e futuro herdeiro – pode ter sido ilegítimo

No início do seu casamento atribulado com Pedro III a missão principal de Catarina era gerar um herdeiro capaz de estabilizar a linha de sucessão. No entanto 8 anos haviam já passado desde a data do casamento e nada tinha acontecido. Muitos historiadores suspeitam que Pedro era incapaz de consumar o casamento ou que era simplesmente infértil.

Insatisfeitos com o seu casamento, tanto Pedro como Catarina iniciaram relações extraconjugais. Quando finalmente em 1754 Catarina dá à luz o primeiro filho, muitos são os que suspeitam que o pai seja na verdade o seu amante Sergei Saltykov.

  1. Ser amante da imperatriz assegurava o direito a inúmeras regalias

Catarina, a Grande tornou-se famosa por ser bastante leal aos seus amantes, mesmo quando as relações atingiam o seu fim. A todos eles ofereceu títulos de nobreza, territórios, palácios e até servos.

Porventura ninguém acabou por beneficiar mais com estas benesses do que o seu amante Stanislaw Poniatowski. Apesar do escândalo inicial que se gerou em torno da relação de ambos – e que levou ao afastamento de Stanislaw da corte -, quando Catarina chegou ao poder ela apoiou o esforço deste para chegar ao trono da Polônia. Curiosamente, mal atingiu o poder e se tornou rei da Polônia, Poniatowski iniciou um conjunto de reformas que conduziam a uma maior independência do seu país relativamente ao império russo. Isto gerou uma enorme tensão entre Catarina e o seu ex-amante que acabaria por culminar com a abdicação do recente rei da Polônia.

 

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