A taxa de mortalidade por golpe de calor em pessoas saudáveis encontra-se entre os 10 e os 50%, números que podem ser mais elevados na presença de alguma doença cardiovascular ou fatores de risco.
Em Portugal, as ondas de calor que se verificaram nos últimos anos foram responsáveis pelo agravamento de vários casos de doença cardíaca e pelo aumento da mortalidade. Isto acontece porque o corpo sofre um choque térmico que consiste numa resposta inflamatória sistémica à exposição a temperaturas muito elevadas.
Os sintomas são a sudação excessiva, acompanhada de febre, dores de cabeça intensas, fraqueza, tonturas e vómitos. Na presença destes sinais, a pessoa deve ser colocada num local fresco e devem ser-lhe aplicados panos molhados no corpo para fazer descer a temperatura.
Porque a prevenção é sempre o melhor caminho, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia alerta a população para que nos dias de maior calor, como o de hoje, tenham ainda mais atenção à hidratação, evitem a exposição direta ao calor nas horas de maior risco (11h-17h), e não façam exercício físico em locais sem sistema de arrefecimento.
Os idosos e as crianças são os grupos com mais sensibilidade ao calor, pelo que devem ter cuidados redobrados. Do mesmo modo, quem é obeso ou sofre de insuficiência cardíaca tem um risco acrescido.