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Afinal como é a vida após um divórcio? Eis 5 efeitos subtis que muitos ignoram

Esperamos uma grande mudança, mas nem sempre estamos preparados para alguns dos “efeitos secundários” associados a rutura de um casamento.

4 Setembro 2020
Forever Young

Regra geral o divórcio marca sempre o final de um período importante da nossa vida. É o assumir da necessidade de terminar um projeto de vida que simplesmente não resultou ou que já não faz sentido. Esta separação é sentida por muitos como um falhanço.

O sentimento de desgosto é esperado. Seja porque nos apercebemos que o nosso parceiro deixou de nos escolher em detrimento de tudo o resto ou porque simplesmente não existiam condições suficientes para “alimentar” o nosso amor.

[Leia também: 5 dicas para (re)encontrar o amor depois de um divórcio]

A tristeza que sentimos neste momento final pode ainda ser mais acentuada caso existam filhos envolvidos. Neste caso o divórcio é sentido como uma incapacidade de manter a família unida, podendo gerar-se um sentimento de enorme culpa.

Este tipo de separação é cada vez mais frequente nas nossas sociedades e, em muitos casos, é mesmo a melhor solução para ambas as partes. Conheça agora alguns dos efeitos associados a este momento de mudança que deve considerar e que marcam habitualmente a vida pós-divórcio.

 

  1. O medo de ficar sozinho para sempre

Quando estamos numa relação de longo prazo o medo da solidão e de “acabarmos” sozinhos não é tão sentido. Esperamos continuar a viver a nossa vida ao lado do nosso parceiro. No entanto, caso este casamento chegue a um fim, é natural que este seja um medo que se acentua.

De acordo com um inquérito da AARP, realizado em 2004, 45% dos divorciados entrevistados afirmaram que o seu maior medo era ficarem sozinho. No entanto, 76% desses não se arrepende da sua decisão e afirma que a dissolução do casamento foi a decisão certa a tomar.

  1. Novas e diferentes responsabilidades

Após largos anos de vida conjugal é normal que se tenha definido uma divisão de tarefas e responsabilidades entre o casal. Agora que a relação chega a um fim tudo isso termina também subitamente. Em muitos casos é necessária uma reaprendizagem e um assumir de outras responsabilidades, em particular as financeiras.

É ainda muito habitual que o homem seja o membro do casal com um salário superior e que como tal assuma grande parte dos pagamentos. Nas situações de divórcio as mulheres acabam assim, por exemplo, por ter a necessidade de passar a gerir todo o tipo de questões financeiras que porventura no passado não teriam. Este pode ser um ajuste desafiante.

  1. As crianças podem aprender (e crescer) com esta experiência

É comum ouvir falar sobre os efeitos negativos que o divórcio tem para as crianças. Sabemos como a instabilidade e a rutura familiar pode afetar o bem-estar dos mais novos. No entanto é igualmente importante ressalvar que podem existir coisas positivas que surjam desta decisão. Sobretudo caso os pais se mantenham respeitosos e equilibrados ao longo de todo o processo, o mais provável é que as crianças aprendam como este tipo de mudança não tem que ser uma desgraça ou uma sentença. É um ensinamento de que por vezes é saudável aceitar o final de um relacionamento que já não nos satisfaz ou que simplesmente não resulta. Ninguém deverá ficar “preso” a uma relação infeliz.

  1. O processo de divórcio nem sempre é o mesmo para todos

Todos somos diferentes, não existem dois casamentos iguais. Dependendo da personalidade de ambos os membros do casal e das próprias características desta relação, é natural que o momento de decidir terminar seja também distinto para todos. Alguns casais vão ter a capacidade de chegar a uma decisão comum e permanecer amigáveis, acelerando desta forma todo o processo de divórcio. Já outros vão registar o oposto. Uma maior agressividade e um enorme sofrimento podem marcar o processo de divórcio destas pessoas, acabando inevitavelmente por se estabelecerem longas batalhas judiciais.

  1. O divórcio “oferece-nos” perspetiva

Certamente nem todas as consequências de uma separação correspondem a aspetos negativos. Felizmente após um momento inicial de maior desilusão e tristeza, será possível começar a refletir de uma forma mais positiva sobre a sua experiência conjugal. Esta é uma oportunidade única para analisar o que correu mal e o que poderia ter sido diferente. O mais provável é que esta reflexão ajude a identificar alguns dos aspetos relativos à sua personalidade que deseja melhorar ou corrigir. Este momento incontornável da sua vida vai levantar muitas questões e dar origem a um maior autoconhecimento.

 

[Leia também: Reorganize as suas finanças após o divórcio em três passos]

 

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