Dezembro é um mês de festas, pelo que muitos se perguntam onde está a fronteira de álcool consumido antes de virar uma crime – embora a quantidade de álcool deva ser sempre zero absoluta, a legislação portuguesa permite até 0,5 gramas por litro no sangue, exceto para condutores em início de formação (com carta de condução provisória há 3 anos) e condutores de veículos de transporte de passageiros ou mercadorias (categoria profissional), para os quais a taxa permitida é de 0,2 g/l.
Depois de saber qual é o limite máximo permitido por lei para conduzir com álcool no sangue, é facilmente percetível que a partir deste o condutor incorre numa contraordenação. Caso seja apanhado com valores entre os 0,5 e 0,8 g/l, incorre numa contraordenação grave. Por sua vez, se for apanhado com valores de álcool no sangue entre os 0,8 e os 1,2 g/l, incorre numa contraordenação muito grave.
E quanto terá de pagar às autoridades pela contraordenação ou crime? Obviamente, os valores dependem da quantidade de álcool no sangue e, ainda, da possível reincidência do condutor nesta prática:
– contraordenação grave (entre os 0,5 e 0,8 g/l): coima entre os 250 e 1250 euros, além de 3 pontos perdidos na carta.
– contraordenação muito grave (entre os 0,8 e os 1,2 g/l): coima entre os 500 e os 2.500 euros, além de 5 pontos perdidos na carta de condução.
– crime (acima de 1,2 g/l): Crime punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias. Perde ainda 6 pontos na carta de condução.
E isto, em que se traduz em cerveja?
Não é fácil determinar porque existem muitos fatores diferentes, desde sexo, o peso ou a idade. Segundo um estudo da DGT de Espanha, duas garrafas (as médias) de cerveja para uma pessoa de 70 quilos já ultrapassariam a taxa permitida. Na verdade, para pessoas com menor peso ou iniciantes, com apenas uma lata de cerveja já ultrapassariam o limite.
Também é verdade que a absorção do álcool é mais lenta nas bebidas fermentadas (como a cerveja ou o vinho) do que nas bebidas destiladas (como o gin, o rum ou o whisky). “Deve-se evitar o consumo de bebidas destiladas, principalmente se costuma tomá-las quentes ou combinadas com refrigerantes”, indicou a DGT.
Eis os números dos espanhóis da DGT: