Livros físicos vs e-books. Afinal qual é o melhor (e mais popular) formato?

Os relatos que previam a “morte” do livro no seu formato físico parecem ter sido claramente exagerados e no mínimo prematuros

Atualmente a sociedade parece estar obcecada com as inovações tecnológicas. Todos os dias ouvimos falar de temas como a inteligência artificial, os robôs ou os carros autônomos. Apesar de todas estas maravilhas tecnológicas serem obviamente extremamente entusiasmantes, parece que existem ainda muitas coisas clássicas e tradicionais que jamais perderão o seu charme. Os livros continuam a ser um exemplo disso mesmo.

A verdade é que os livros impressos continuam ser o formato de leitura mais popular. De acordo com os dados mais recentes do Pew Research Center, cerca de dois terços dos americanos leram um livro físico em 2017. 1 em cada 4 leu um e-book e um 1 em cada 5 escutou um audiolivro.

4 em cada 10 inquiridos afirma apenas ler em formato físico. Já apenas 10% afirma ler exclusivamente em formato digital. Sendo que um terço dos inquiridos lê livros em ambos os formatos.

As investigações sobre este tema parecem confirmar que os livros tradicionais apresentam menos distrações, quando comparado com outros formatos digitais. Causam menos dores de cabeça e menos cansaço nos olhos.

Não será assim por acaso que outro recente estudo concluiu que 90% dos alunos universitários opta por livros físicos ao invés de e-books.

Apesar do surgimento nas últimas décadas de dispositivos como o Kindle e outros e-reader, as vendas de livros físicos não têm decrescido drasticamente como muitos esperavam. Pelo contrário, a Associação Americana de Editores confirmou inclusive que, no início de 2018, as vendas de livros de capa mole e dura subiram 4,4% quando comparado com as vendas no mesmo período em 2017.

As razões que explicam este comportamento dos consumidores são inúmeras. O facto destes preferirem ter livros que podem partilhar com os amigos e familiares é uma das justificações mais apresentadas. A ligação mais emocional que se estabelece com o objeto físico, e toda a componente sensorial, táctil associada ao ato de leitura parecem convencer os consumidores.

Por último a possibilidade de construírem prateleiras nas suas casas, preenchidas com os seus livros favoritos continua a ser uma excelente forma de não só decorar a habitação como de  – e porventura até mais importante – conseguir expressar a sua personalidade e gosto a todos os seus amigos e entes queridos.

Sabrina Helm, autora e professora da Universidade do Arizona, conclui afirmando que “os livros digitais e os livros físicos são dois produtos completamente diferentes. Nada se compara ao prazer e riqueza de lidar com um objeto físico que estimule todos os nossos sentidos”.

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