Ter um cão de companhia dá saúde, diz estudo

Sabia que os donos de cães são as pessoas que têm uma melhor saúde cardiovascular entre as que têm animais de estimação? Segundo um novo estudo da Mayo Clinic, também são os fisicamente mais ativos, os que comem melhor e têm níveis de açúcar no sangue mais saudáveis.

Em cada ano, são estimadas 17 milhões de mortes devido a condições cardiovasculares, segundo o New York Post. Um estudo recente, publicado na Mayo Clinic Proceedings, demonstrou que ser dono de um cão pode ter alguns benefícios para a saúde cardíaca.

O objetivo inicial deste estudo, que teve lugar em Brno, na República Checa, era investigar a associação entre a posse de animais, mais especificamente de cães, e a saúde cardiovascular, com fatores de risco de doenças cardiovasculares, num público selecionado aleatoriamente na Europa Central. As 1.769 pessoas (entre os 25 e os 64 anos e 44,3% homens) foram recrutadas entre 1 de janeiro de 2013 e 19 de dezembro. As avaliações de acompanhamento estão programadas para acontecer até 2030, a cada intervalo de cinco anos.

Na primeira avaliação, a equipa de investigação observou todos os participantes sem história de doença cardíaca e classificou-os com base nos comportamentos e vários fatores de saúde: índice de massa corporal (IMC), dieta, atividade física, tabagismo, pressão arterial, glicose e colesterol total. Primeiro, os investigadores compararam esses valores entre os proprietários de animais de estimação e os que não tinham qualquer animal. Depois, compararam os valores dos donos de cães a donos de outros animais de estimação e aos que não possuem animais de estimação.

Ter um cão pode trazer benefícios para a saúde

Os autores do estudo escreveram que os donos de cães mostraram uma maior probabilidade de relatar uma «atividade física e dietas ideais para a saúde». A coautora e professora na Universidade de Catania, na Sícilia, em Itália, Andrea Maugeri, em declarações ao Science Daily, disse que apoia a ideia «de resgatar ou comprar um animal de estimação como uma estratégia potencial para melhorar a saúde cardiovascular», desde que o animal leve o dono a ter «um estilo de vida fisicamente mais ativo».

O presidente da Divisão de Cardiologia Preventiva da Mayo Clinic, em Rochester, no Estado de Nova Iorque, EUA, e coautor do estudo Francisco Lopez-Jimenez afirmou, na mesma publicação, que ter um cão «também tem sido associado a uma melhor saúde mental em outros estudos» e à redução de um outro fator de risco para ataques cardíacos, «uma menor perceção de isolamento social».

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