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Opinião: «Dia Mundial do Fetiche, desvendar os desejos sexuais mais íntimos pode ser uma tarefa ousada, mas bastante libertadora», Fernando Mesquita, sexólogo e terapeuta de casal

17 Janeiro 2025
Fernando Mesquita, sexólogo e terapeuta de casal

Artigo de opinião de Fernando Mesquita, sexólogo e terapeuta de casal

Desvendar os desejos sexuais mais íntimos pode ser uma tarefa ousada, mas bastante libertadora para os casais. Ao partilharem fantasias e fetiches, os casais têm acesso a camadas mais profundas de confiança e desejo. Se essa partilha for feita com empatia e sem julgamentos, cria-se um ambiente seguro e acolhedor que promove uma conexão mais sólida e genuína no casal. No entanto, é comum haver confusão sobre as diferenças entre fantasias e fetiches, o que pode criar mal-entendidos e inseguranças. Saber diferenciar estes conceitos ajuda a evitar interpretações erróneas e a eliminar barreiras na comunicação.

FANTASIAS SEXUAIS: PORTAS PARA O DESEJO

As fantasias sexuais funcionam como portas para um mundo de liberdade mental e emocional, dependendo da capacidade criativa individual, e permitem explorar cenários que favorecem a curiosidade e o desejo sexual. Pessoas com Desejo Sexual Hipoativo (falta de libido) tendem a apresentar uma ausência de fantasias sexuais, e a terapia sexual muitas vezes passa por auxiliar estas a estimularem o seu imaginário erótico. Podemos assim afirmar que as fantasias sexuais são o combustível do desejo, mesmo que nem todas sejam realizadas. Para muitas pessoas, essas imagens mentais representam uma zona segura de excitação e conexão consigo mesmas.

Exemplos de fantasias sexuais: Desejar uma noite romântica à luz das velas; ter encontros sexuais com desconhecidos ou fantasiar sobre relações sexuais em locais públicos ou proibidos.

No entanto, se estas fantasias causam mal-estar ou desconforto pessoal (fantasias sexuais ego distónicas), por estarem associadas a sentimentos de vergonha ou irem contra os princípios do individuo, será importante o acompanhamento de um profissional de saúde mental. Um exemplo típico deste tipo de fantasias é o HOCD (Transtorno Obsessivo-Compulsivo Homossexual), onde existem pensamentos recorrentes e persistentes que colocam em dúvida a orientação sexual do indivíduo, levando-o a ter medo de ser atraído por pessoas do mesmo sexo, sendo, na realidade, heterossexual.

FETICHES SEXUAIS: CHAVES PARA A EXCITAÇÃO

Os fetiches diferem das fantasias sexuais por estarem associados a um objeto ou situação que, para a pessoa, se torna fundamental para que ocorra excitação. São como chaves para portas trancadas, onde só é possível entrarmos se as tivermos. Assim, os fetiches podem variar, incluindo desde o uso de objetos inanimados (como sapatos ou couro) a partes específicas do corpo (como pés, cabelos ou mamas), até dinâmicas específicas (como jogos de dominação e submissão), sendo geralmente uma preferência pessoal e estável ao longo do tempo.

A palavra “fetiche” deriva do termo “feitiço” e, no contexto psicológico, refere-se a uma fixação intensa e específica que desperta um prazer insubstituível. Embora nem todos os fetiches se enquadrem numa condição clínica, como a Perturbação Parafílica Fetichista descrita no DSM-5, muitos indivíduos encontram nos fetiches uma fonte de prazer saudável e fascinante, sem necessariamente causar desconforto ou problemas noutras áreas da sua vida.

Assim, é comum as pessoas referirem que têm um fetiche quando, na verdade, têm apenas uma fantasia sexual ou preferência, sem que isso constitua necessariamente um fetiche e muito menos uma Perturbação Parafílica Fetichista. Nestes casos, a excitação sexual depende exclusivamente de um estímulo específico, por um período mínimo de seis meses, causando mal-estar clinicamente significativo em várias áreas da vida do individuo.

Entre as várias teorias que procuram explicar os fetiches, o “condicionamento clássico” e a “aprendizagem social” são as mais conhecidas. Nestas perspetivas, o fetiche poderá ter origem através de uma associação ocasional ou por sugestão pela cultura dominante (por exemplo, através de filmes ou publicidade), onde o individuo sente excitação associada a um estímulo que antes lhe era neutro. Se, a partir daí, passar a utilizar esse estímulo (na sua prática sexual ou em fantasias) para se excitar e/ou masturbar, o fetiche instala-se e ganha força no guião sexual dessa pessoa.

PARILHAR FANTASIAS E FETICHES: O CAMINHO PARA A CONEXÃO CONJUGAL

Discutir desejos e preferências pode ser transformador para as relações amorosas, mas a barreira do tabu e do estigma social em torno de certas fantasias sexuais e fetiches pode gerar insegurança. Para que essa troca enriqueça a intimidade do casal, deve ser baseada no respeito e honestidade. Abaixo estão algumas estratégias fundamentadas para tornar esse partilha mais honesta e respeitosa:

1) Criem um ambiente de confiança: estabeleçam um clima seguro, onde ambos se sintam confortáveis e valorizados para falar sobre o assunto.

2) Comecem de forma gradual: iniciem com temas gerais sobre fantasias antes de se aprofundarem em fetiches específicos.

3) Mantenham a honestidade e a recetividade: demonstrem aceitação e curiosidade pelas preferências do outro, mesmo que sejam diferentes das vossas.

4) Estabeleçam limites: nem todos os fetiches serão partilhados por ambos os parceiros. Respeitem os limites e entendam que a aceitação é fundamental, mesmo sem haver participação ativa.

5) Experimentem gradualmente: caso exista consentimento, explorem as fantasias em etapas, sempre assegurando o conforto mútuo.

6) Considerem ajuda profissional: se surgirem conflitos, a orientação de um terapeuta sexual pode ser benéfica para facilitar a comunicação e a compreensão.

Por fim, lembrem-se de que partilhar fantasias e fetiches é uma via de enriquecimento mútuo, mas que também requer respeito pelos limites e preferências de cada parceiro. Essa troca pode criar um espaço seguro para uma expressão sexual autêntica e profunda, contribuindo para uma relação mais íntima e satisfatória.

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